EUA e China se reunirão para discutir novo acordo comercial, afirma Trump

Donald Trump e Xi Jinping discutem acordo comercial entre EUA e China

Encontro será realizado em Londres e pode marcar reviravolta nas negociações comerciais

Os Estados Unidos (EUA) e a China devem se reunir na próxima segunda-feira, 9 de junho, em Londres, para retomar as conversas sobre um novo acordo comercial. A informação foi confirmada pelo ex-presidente Donald Trump, um dia após uma conversa direta com o presidente chinês, Xi Jinping.

O objetivo principal do encontro é destravar os pontos mais sensíveis do pacto bilateral, especialmente as tarifas de importação que vêm sendo motivo de atrito constante entre as duas maiores potências econômicas do planeta.

Conversa entre Trump e Xi Jinping impulsiona retomada das negociações

Durante o contato entre os dois líderes, Trump revelou que os impasses mais delicados foram abordados e que houve avanços significativos. Segundo ele, as conversas tiveram uma “conclusão bastante positiva para ambos os países”.

Trump destacou que ele e Xi chegaram a um entendimento preliminar sobre diversas “complexidades” relacionadas às tarifas e à política comercial entre os dois países. Ele ainda classificou o andamento das tratativas como estando em “boa forma”.

China demonstra interesse em manter cooperação mútua

Do outro lado, Xi Jinping reafirmou o compromisso da China com os termos definidos no acordo firmado em Genebra, mencionando que o país asiático tem tratado as negociações com “seriedade e sinceridade”.

De acordo com a emissora estatal chinesa CCTV, o presidente chinês enfatizou que o diálogo e a cooperação são o único caminho possível para que EUA e China consigam estabelecer uma relação comercial estável e vantajosa para ambas as partes.

Xi também declarou que o respeito mútuo é essencial e que as duas nações devem trabalhar para alcançar uma solução equilibrada, que atenda às preocupações de ambos os lados.

Histórico recente das tensões comerciais entre EUA e China

Medidas tarifárias intensificaram o conflito

O relacionamento comercial entre Estados Unidos e China tem oscilado entre tentativas de aproximação e disputas acaloradas desde abril, quando Donald Trump anunciou um pacote de tarifas que afetou vários países, com foco especial na China.

Como forma de buscar uma solução temporária, os dois países assinaram, em 12 de maio, um acordo provisório estabelecendo a suspensão parcial das tarifas por um período de 90 dias. Esse tratado foi acertado após um encontro das delegações em Genebra.

Dificuldades em manter o consenso

Apesar do acordo de trégua, as divergências persistem. Na sexta-feira, 30 de maio, Trump acusou publicamente a China de não cumprir sua parte no acordo. Em resposta, o Ministério do Comércio chinês classificou as alegações como “sem fundamento” e prometeu adotar medidas defensivas para proteger os interesses chineses.

Tentativas de reconciliação continuam

No início de junho, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, anunciou que Trump planejava mais uma conversa com Xi Jinping, com o objetivo de suavizar os conflitos e avançar nas negociações.

Já na quarta-feira, Trump usou sua rede Truth Social para comentar sobre a relação com Xi. “Gosto do presidente Xi. Sempre gostei e sempre gostarei, mas ele é muito duro e extremamente difícil de negociar”, declarou o ex-presidente norte-americano, reforçando a complexidade das tratativas.

A escalada da guerra comercial em detalhes

Aumento tarifário como resposta a ações chinesas

A China se tornou o principal alvo das medidas protecionistas adotadas por Trump. Em uma das decisões mais polêmicas, o governo americano aumentou as tarifas sobre produtos chineses para 34%, somando-se a uma alíquota anterior de 20%.

Reação imediata da China

Como resposta, em 4 de abril, Pequim impôs uma nova taxa de 34% sobre todos os produtos norte-americanos que entravam em território chinês. Essa foi a primeira de uma série de medidas retaliatórias por parte da China.

Ultimato dos EUA e nova rodada de retaliações

Diante da resposta chinesa, os EUA exigiram a retirada imediata das tarifas. Trump estabeleceu um prazo: até o meio-dia de 8 de abril. Caso contrário, os produtos chineses seriam taxados com mais 50%, elevando a alíquota total para 104%.

A China, firme em sua posição, não recuou. Pelo contrário, anunciou que estava pronta para responder “até o fim” se necessário.

Nova rodada de tarifas dos dois lados

Cumprindo sua ameaça, Trump elevou as tarifas sobre as mercadorias chinesas para 125%. A reação chinesa não demorou: na manhã de 9 de abril, o governo de Pequim anunciou que aumentaria as tarifas sobre produtos dos EUA de 34% para 84%, igualando o nível das taxas americanas.

No mesmo dia, Trump declarou uma “pausa” temporária nas tarifas para mais de 180 países — com exceção da China. Ele justificou a decisão dizendo que o país asiático precisava demonstrar boa fé antes de qualquer concessão americana.

Escalada final: tarifas recordes

Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que os 125% anunciados anteriormente seriam somados à tarifa de 20% já aplicada, totalizando uma alíquota inédita de 145%.

A China, mais uma vez, não ficou de braços cruzados: no dia 11 de abril, o governo chinês anunciou que igualaria os novos percentuais americanos, elevando também suas tarifas para 125%.

O que está em jogo nas próximas negociações?

Impactos econômicos para os dois países

As tarifas impostas por ambas as partes afetam diretamente setores estratégicos de suas economias, incluindo agricultura, tecnologia, manufatura e energia.

Nos EUA, agricultores e fabricantes têm relatado prejuízos significativos, enquanto empresas chinesas que dependem de matéria-prima ou tecnologia norte-americana também enfrentam obstáculos operacionais e queda na competitividade internacional.

Reflexos no mercado global

Além das consequências internas, a guerra comercial entre EUA e China afeta mercados ao redor do mundo. Países da Europa, América Latina e Ásia acompanham com atenção as negociações, pois um eventual desfecho positivo pode influenciar o comércio global e abrir novas oportunidades para exportadores e investidores.

Possíveis caminhos para o acordo final

Especialistas avaliam que a reunião marcada para o dia 9 de junho pode representar um divisor de águas. Se as tratativas avançarem, existe a possibilidade de um novo tratado de longo prazo, com reduções tarifárias permanentes, abertura de mercados e garantias mútuas de respeito às regras comerciais internacionais.

Expectativas para o encontro em Londres

Representantes de alto escalão devem participar

Fontes próximas à diplomacia dos dois países indicam que o encontro contará com representantes de alto nível tanto do governo americano quanto do governo chinês. A escolha de Londres como sede foi estratégica, visando neutralidade e facilidade logística.

Clima de otimismo moderado

Apesar da longa sequência de atritos, existe um clima de otimismo contido por parte dos negociadores. Trump e Xi Jinping demonstraram interesse em evitar uma nova escalada e, ao mesmo tempo, abriram espaço para concessões de ambos os lados.

Conclusão: uma nova chance de trégua no comércio global?

A reunião entre Estados Unidos e China pode ser o início de um novo capítulo nas relações comerciais internacionais. Depois de meses de tensão e escalada tarifária, as duas maiores economias do mundo parecem dispostas a encontrar um caminho comum.

Resta saber se os líderes e suas equipes conseguirão transformar palavras em ações concretas e construir um acordo que beneficie não só suas próprias economias, mas também o comércio global como um todo.


Aproveite para se manter bem-informado!

Quer acompanhar de perto as negociações entre EUA e China e entender como isso afeta o mercado global? Inscreva-se no Mais Notícias e receba as principais atualizações direto no seu e-mail. Fique por dentro. Esteja preparado. Tome decisões melhores.